sábado, 10 de outubro de 2009

Workshop de Laboratório Analógico de Preto & Branco

Hoje foi o 1º dia de mais um WS de Laboratório. Revelação de negativos de médio formaro, 35mm e chapas de de grande formato de 4x5 polegadas (10,2x12,7cm). Bom ambiente, pessoal bastante participativo e interessado, como de costume, felizmente.
Amanhã, iremos fazer provas de contacto, ampliações e algumas viragens, em papel de fibra baritado, comme il faut...
Há qualquer coisa especial nestas "velharias", ainda não há nada que bata uma boa ampliação em papel baritado, passado pelo revelador, banho de paragem e fixador. Nem sei explicar o que faz a diferença mas, que ela existe, não há dúvida...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A minha máquina de grande formato, feita em casa...











Com algumas peças de máquinas que já tinham encomendado a sua alma ao criador, umas placas de contraplacado, 2 puxadores de gaveta, uma lente daquelas que se colocam nas portas dos apartamentos para ver quem está do lado de fora e uma porca em PVC, que se usa para unir tubagens de PVC de jardim, et voilá!
Eis a minha máquina de grande formato 4x5" (10,2 x 12,7cm), munida de uma lente Schneider 47mm, focada para 3 metros, o que permite tudo focado desde 90cm até ao infinito, com uma abertura de f22.
E aqui estão as primeiras 2 fotografias feitas com ela, película da republica checa, Fomapan 100 que custa 1/3 da Ilford, que a vida não está para graças. E não é que a pelicula é tão boa como a Ilford FP4+?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

É oficial! Estou velho...

Uma canseira, é o que é!!!!!

Noutro dia, entrou-me pela casa, um destes jovens que possuem para dar e vender, saúde e estamina...
Um daqueles caramelos que acompanham tudo o que dizem (mesmo que seja pouco) com gestos largos e rápidos, acompanhados pelo som do tecido a roçar em tecido, como já presenciámos nos filmes de karatekas, samurais e outros mais.
Tal como aprendi com o Cassius Clay, vulgo Mohamed Ali, observando ao longo de muitos anos os seus combates e interiorizando o seu lema, "voa como uma borboleta, pica como uma abelha", várias vezes tive de fazer um recuo estratégico apoiado no rápido movimento de pés, para não levar uma berlaitada do "man", no meio da desvairada coreografia que acompanhava as suas deambulações sobre o meu equipamento fotográfico.
O "man" estava fascinado com tudo o que via e rodava apenas a parte superior do corpo com uma velocidade e amplitude impressionantes, como um Louva-a-Deus, de braços enormes, constantemente a rodopiar...eu, esquivava-me conforme podia...
"- Eia, man, alta máquina, isto era do teu avô, man?"
Eu ia respondendo como podia, pois estava bastante constrangido e até um pouco prostrado...
"Não, pá, isso tem apenas 30 ou 40 anos e eu uso isso quase todos os dias, é uma Pentax 67, para muitos, ainda é uma máquina moderna..."
"Eia, man, altamente, com esta cena de madeira e tudo!!!!"
A "cena de madeira" é um punho e é feito de madeira envernizada, porque continua a ser um dos materiais mais confortáveis para este tipo de coisas como é sabido, há muitos e muitos anos...enfim...
Depois do man ver algumas das máquinas realmente antigas que eu tenho, nomeadamente, uma de 1920 que ainda uso e dá cartas a qualquer digital por muitos megapixeis que tenha e depois do man rodopiar várias vezes sobre si próprio, abrir as "asas", obrigando-me a recuos estratégicos constantes e de executar outras coreografias dignas do mais apurado e refinado ambiente hip-hop, lá se foi embora, com o personagem que o trouxe a minha casa, penso eu que apenas com o intuito de ele ter a raríssima oportunidade de ver um Tiranosaurus Rex (eu) ao vivo!
O mais estranho (digo eu) foi o facto do "man" ter passado pelas minhas fotografias, (em papel de fibra, emolduradas como deve ser, com passe-partout acid-free, como manda a lei!) sem ligar a mínima pêva!!!!
Esta rapaziada, pelos vistos, já não sabe como se deve comportar em frente a uma fotografia em papel, pois a coisa está "demodé" e eles só sabem ver se a fotografia é ou não boa, quando a vêem no monitor!!!!

Bom, como alguém dizia um dia, "Não há mal que sempre dure e não há bem que não se acabe!"
Lá se foram embora...

Porém, não deixei de ficar a pensar com os meus botões que estou MESMO a ficar velho...o pior é que a coisa é irreversível!

...porém, isto de estar a ficar velho tem muitas vantagens e, neste caso da fotografia, eu acho que é uma enorme mais valia, pois fotografo em analógico e também em digital e é melhor conhecer 2 mundos do que apenas 1!

Quanto ao resto, enfim, também no meu tempo vesti muitas calças boca-de-sino da Delfieu, pull-overs curtíssimos e justíssimos e sapatos com solas de 5cm de espessura, isto, para não falar de outras coisas ainda mais parvas...

isto, com o tempo, vai ao sítio...não sei, digo eu...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

SCANNERS PARA PELICULA, O FIM ANUNCIADO?

Constatei que há muito tempo que não aparecem novidades no mercado, no domínio dos scanners dedicados a transparências, bem como híbridos (Opacos/transparencias).
Não estou a gostar nada disto, a Epson mantinha a tradição de lançar modelos novos mais ou de 2 em 2 anos. A verdade é que, desde o lançamento dos V-700 e V-750, népia!
Será que os rapazes chegaram à conclusão de que a malta já digitalizou todos os slides e negativos antigos e os que continuam a fotografar com analógico não chegam para justificar a continuidade de desenvolvimento e produção das máquinas?
Se assim for, estamos tramados...o cerco aperta cada vez mais...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ainda sobre o vinho...

Ainda bem que os talibãs são muçulmanos! Já todos viram como aquela malta se comporta, mesmo no estado "sólido"! Imaginem 30 caramelos daqueles completamente bêbados, havia de ser bonito...

sábado, 4 de abril de 2009

Os Malefícios da Água & os Benefícios do Vinho...


Desde pequeno que ouço dizer que a água é a Fonte da Vida. É um facto!
Mas, também é um facto que a água é, frequentemente, a Fonte da Morte!

Desde pequeno que ouço, também, dizer que o vinho mata…
No entanto, morre muito mais gente por causa da água do que por causa do vinho!
Senão, vejamos…

Inundações e cheias – Que se saiba, nunca morreu ninguém devido a uma inundação ou cheia provocada por vinho.

Afogamentos no mar – Também nunca ouvi falar de um mar de vinho. Muitos bêbados sonham com isso mas, ainda não aconteceu…

Afogamentos em piscinas – Embora também seja o sonho de muitos bêbados, ainda não houve notícias de alguém que tenha morrido afogado numa piscina de vinho.

Queimaduras de 1º, 2º e 3º grau – muitas queimaduras são provocadas pela água, ora, não é costume ferver o vinho, logo, este não constitui qualquer perigo relacionado com queimaduras. Os graus, associados ao vinho, são sempre benvindos, um bom tinto de 14º, “queima” muito bem…e se for mesmo bom nem sequer queima a garganta!

Naufrágios – Não há notícias de um barco que se tenha afundado em vinho.

Icebergs – Também não há notícias de algum barco que tenha chocado com um bloco de vinho congelado.

Avalanches – Também não há notícias de que alguém tenha morrido por ter sido soterrado por uma avalanche de neve Bordeaux, Rosé ou Beaujolais .

Quedas na banheira – Ninguém escorrega e cai na banheira ou no duche por causa do vinho.

Raios – Donde parte um raio? Duma nuvem! O que contém a nuvem? Não é vinho, concerteza!

Tromba de Água – Tromba de vinho, nunca ouvi falar! Já ouvi falar de “encher a cara” (emborrachar-se) mas isso não dá cabo das culturas e não mata pessoas e animais. Quando muito matará, a longo prazo, o “animal” que se encharca em vinho mas isso são danos mais ou menos controlados.

Furacões e Tempestades Tropicais – Sempre acompanhadas de chuva e mar revolto mas, nunca, de vinho.



Maremotos – Matam muita gente e animais. Nunca ouvi falar de Vinhomotos.

Degelo – Por vezes mata gente, quando o gelo derrete, obtêm-se torrentes catastróficas de água e não de vinho.

Geada – Também é água e dá cabo das culturas, o vinho nunca estragou cultura nenhuma.

Chuvas ácidas – Dão cabo das culturas, o vinho ácido, quando muito, pode provocar azia e, em último caso, transforma-se em vinagre, continuando a ser útil.


Experimente-se beber:

Água-forte, aguarrás, água estagnada, água podre, água-choca, água oxigenada, água sulfurosa, água salgada, etc
Não é saudável nem agradável.

É um facto que a água está mais associada à catástrofe do que, geralmente, pensamos.
Quando vimos a este mundo o primeiro episódio, aquele que anuncia a nossa chegada é precisamente uma pequena catástrofe que dá pelo nome popular de “Arrebentamento das Águas”!

Ora, qualquer rebentamento, tem uma conotação catastrófica e este não foge à regra, pois provoca, invariavelmente, o pânico tanto na parturiente como nas pessoas que assistem a tal evento.
Qualquer doença de que padeçamos, estará também associada à ingestão de água e não de vinho. Precisamos de tomar comprimidos – água; precisamos de tomar sais de frutos – água; precisamos levar um clister – água…
Problemas de rins – água; problemas de fígado – águas termais, etc

Já o vinho é usado para acompanhar uma bela refeição, para comemorar qualquer evento agradável, para brindar, etc.
O vinho pode ser um belo presente para alguém, porém, oferecer um estojo de madeira com 3 garrafas de água, pode até parecer ofensivo.
Brindar com água, por exemplo, dá azar.
Quando alguém faz burrada, diz-se que meteu água! É fatídico…

Por outro lado, quando alguém bebe vinho demais e começa a “confessar-se”, costuma dizer-se que, “In vino, veritas”, ou seja, o vinho tem propriedades que se assemelham às do soro da verdade, sendo por isso uma bebida honesta.
Recentemente, um avião nos USA, teve de fazer uma aterragem de emergência e o piloto decidiu pousar o avião no Rio Hudson. Não me lembro de ter havido uma tragédia destas, por exemplo, em Rio Tinto.
Actividades divertidas associadas com o vinho são várias, nomeadamente, a pisa da uva, levando por vezes a um estado ébrio que provoca muito riso, cantoria, etc.
Já as bolhas de água nos pés, não têm nada de divertido, antes pelo contrário.
Um joelho de água também provoca dores horrorosas, enquanto que um pouco de vinho a mais pode, eventualmente, tornar as “pernas fracas” o que, mesmo que não seja divertido para quem tenta ingloriamente caminhar a direito, é-o, sem dúvida, para quem observa a acção.

Como dizia alguém, “prefiro um bêbado conhecido a um alcoólico anónimo!”

À nossa!!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Analógico & Digital

Nas máquinas analógicas, os erros, pagam-se...
nas digitais, apagam-se!

segunda-feira, 9 de março de 2009

domingo, 8 de março de 2009

O Circo Lusitânia

Este país começa a parecer-se perigosamente com um circo. Resolvi criar um jogo, dedicado ao nosso país, o jogo do Circo Lusitânia...joguemos, pois...

Regras do jogo:

1 - Você pode escolher ou eleger os intervenientes neste espectáculo, o Circo, o "Maior Espectáculo do Mundo"!!!!!

2 - O sucesso deste espectáculo depende inteiramente de si, é você que escolhe os "artistas".


O Compère

A encabeçar o elenco temos o Compère, alguém que anuncia o desfile, com um discurso proferido numa entoação que soa sempre um pouco teatral e que nos faz pensar que o espectáculo é muito melhor do que, na realidade, é!
É uma arte que não é para todos, conseguir convencer o público de que a performance dos "artistas" vale ouro, quando por vezes se trata apenas de alumínio ou volfrâmio! Há um homenzinho neste momento a "actuar" em Portugal que encaixa perfeitamente na figura do Compère! Não vou referir nomes, porque deste modo cada um pode "construir" este circo à sua maneira, distribuir tarefas, dar emprego aos amigos, conhecidos, etc. É mais "democrático"! ;-)


O Domador

Ora bem, depois do Compère, temos o Domador! O Domador é o mais destemido interveniente neste espectáculo. Eu já elegi a pessoa indicada para o lugar de Domador. É ele que domina as Feras, ninguém se mete com ele, pois se não tem medo das Feras, não tem medo de ninguém, além disso, raramente se engana, logo, convém respeitá-lo.


Os Ilusionistas

Seguem-se os Ilusionistas: mesmo que tentemos perceber como eles nos enganam, estão sempre muito à nossa frente. Os truques vão desfilando debaixo do nosso nariz e, por mais atenção que tenhamos, raramente conseguimos descobrir como o fizeram.
Quando, um dia, percebemos uma das maroscas, já é tarde, pois há muito que a abandonaram e têm agora, na manga, uma data de truques novos!
Vote no seu Ilusionista preferido.


As Feras

As Feras dependem directamente do Domador, pois são muito perigosas. Apenas o Domador as controla, embora algumas mais traiçoeiras possam, por vezes, assustar, ferir, ou mesmo matar o Domador. Se estiverem à solta, estas Feras aterrorizam a população...
Agora você pode eleger as suas Feras mas, tenha cuidado, lembre-se de que algumas delas podem ser traiçoeiras, estão apenas à espera que você as escolha para o espectáculo e, quando menos espera, revelam-se incontroláveis, mesmo para o Domador...


Os Tratadores dos animais

Estes devem ser escolhidos cirurgicamente. São eles que mantêm as Feras bem alimentadas e limpas, o que é imprescindível pois, quando as Feras estão esfomeadas, o perigo espreita. As Feras podem comer os outros animais e, em última instância, comer-se umas às outras!
São também eles que alimentam os animais mais pacíficos que, embora não comam ninguém, podem fazer muito barulho quando estão esfomeados. Ninguém consegue trabalhar num circo se todos os animais estiverem a berrar, grunhir, balir, ladrar, rugir, etc.
Escolha, portanto, com cuidado, os Tratadores!


Os Contorcionistas

Aqui está uma classe fácil de arrumar em qualquer lado. São os que conseguem adaptar-se facilmente a qualquer situação ou posição, por mais desconfortável que seja. Portugal é fértil em artistas desta classe. Escolha à vontade, tem muitos e bons, para escolher...


Os Trapezistas

Os Trapezistas são ousados e destemidos. Voam por cima de todos, com muita velocidade, muitas piruetas e até saltos mortais. Normalmente, nem olham para baixo, pois não se podem distrair com o que se passa cá por baixo. Concentram-se apenas nos seus voos, quase sempre muito perigosos. Actuam sempre em conjunto, há vários grupos de Trapezistas.
O Circo depende deles, não há Circos sem Trapezistas.
O Circo Lusitânia, porém, é um Circo perigoso, pois tem uma rede de segurança que já não é muito segura. Há muito tempo que os trapezistas pedem uma Nova Rede, pois, de vez em quando, há um que cai...


Os Equilibristas da Corda Bamba

Os Equilibristas da Corda Bamba são os "resistentes" do Circo. Por muito que a coisa vacile, estes artistas, conseguem manter-se no "posto"! Por vezes escorregam e até ameaçam que vão cair mas, no último momento, quando ninguém espera, conseguem agarrar-se, nem que seja só com uma mão, voltando rapidamente à posição inicial. Normalmente, arrancam grandes salvas de palmas à audiência.


Os Malabaristas

Estes artistas conseguem trocar de mão várias coisas, sem que vejamos como o fazem. É muito difícil fazer tantas trocas sem deixar cair algumas coisas no chão. Estes artistas fazem-no com uma destreza incrível. Por vezes, iniciam o intercambio entre dois artistas, durante alguns minutos, para depois se lhes juntarem outros que trazem consigo mais apetrechos para “trocar”. É muito interessante ver como conseguem manusear tantos apetrechos e tantas operações de “câmbio”. Olhamos, vemos, podemos perceber que há Trocas & Baldrocas mas, não conseguimos descortinar exactamente como partem dumas mãos e chegam a outras. Requer muita habilidade e velocidade de manuseamento.


Os Equilibristas

Normalmente, estes artistas actuam aos pares. Há os que se equilibram e há as bases, os que aguentam o peso dos que estão por cima.
Os de cima ficam sempre melhor na "fotografia", são mais esbeltos e fazem mais figura. As bases são mais atarracadas e suportam sempre o espectáculo que mora em cima.
Durante o show, quem brilha é o equilibrista do primeiro andar mas, na hora dos aplausos, este agradece e, desenhando uma elegante faena, aponta para o do rés-do-chão, tentando convencer o público de que as bases são primordiais para o espectáculo. É bonito de se ver...



Os Palhaços

Estes são os mais engraçados de todo o elenco! Não há Circo sem palhaços. Bem...pensando bem, até há, na China! Os Circos chineses não têm palhaços. Acho que já perderam a vontade de rir há muito tempo...é um Circo em que ninguém tem vontade de rir.

Nós, por cá, temos imensos palhaços. Há palhaços Ricos e palhaços Pobres. Nenhum Circo que se preze tem palhaços Remediados. Um Circo a sério, só deve ter Palhaços Ricos e palhaços Pobres. A grande diferença entre uns e outros é que os palhaços Ricos não têm graça nenhuma, enquanto que os palhaços pobres fazem rir toda a gente, incluindo o público e todo o elenco do Circo.
É uma classe à parte.
Trapezistas, Malabaristas, Domadores, Equilibristas, etc., apresentam espectáculos mais ou menos arriscados, ostentam um guarda-roupa rico em lantejoulas e mantêm a audiência em suspense, enquanto os palhaços pobres se vestem com trapos remendados, têm o narizinho vermelho e fazem rir toda a gente.

Chegou a hora de escolher o seu palhaço! Vote em mim, que eu voto em si...




E...por último...


O Público

O Circo Lusitânia já foi um Circo de nível mundial. Actualmente, apenas se apresenta na Europa, onde tem dado espectáculos monumentais.
O Circo Lusitânia tem um camarote presidencial, onde, normalmente, se senta o Chefe deste público europeu, para daí poder apreciar bem todo o espectáculo.
O Chefe, regularmente, dá indicações ao Compère e ao Domador, afim de se irem juntando, modificando, substituindo ou afinando, alguns números do Circo, melhorando, deste modo, o espectáculo...



E viva a Palhaçada!!!!



Um abraço deste vosso amigo e palhaço,



Nanã Sousa Dias

sábado, 7 de março de 2009

Os 3 Mosqueteiros...

Tive de eleger 3 Mosqueteiros porque, neste momento já há poucos e é absolutamente necessário cuidar dos últimos exemplares, pois estão em vias de extinção.

Elegi os seguintes:

Medina Carreira
António Barreto
Alexandre Soares dos Santos

O Medina Carreira e o António Barreto são sobejamente conhecidos, já o Alexandre Soares dos Santos, não tanto mas, as suas funções como Administrador do grupo Jerónimo Martins catapultam-no automáticamente para o portal dos famosos, mesmo que involuntariamente.

Pois bem, estes 3 senhores têm, na minha opinião, a enorme virtude de não terem papas na língua. Aconselho vivamente a que sigam as suas declarações e pensamentos, relativamente à situação do país a nível político, económico e social.

Alexandre Soares dos Santos deu esta semana uma entrevista, salvo erro, à Sic Notícias em que abriu o jogo completamente e, caso raro em portugal, numa linguagem simples mas, correcta, chamou os bovinos pela sua verdadeira graça.
Claro que a rapaziada do Partido Socialista não achou graça nenhuma, como seria de esperar.

Numa busca que fiz no google, descobri esta "pérola"!

Note-se que se trata de um forum de simpatizantes e militantes socialistas que anuncia no seu cabeçalho que se trata nem mais nem menos de um:
"Espaço aberto à participação RESPONSÁVEL, CRÍTICA e CONSTRUTIVA de qualquer cidadão, em especial dos Socialistas."

Qual não foi o meu espanto quando, no texto em que se critica a entrevista dada pelo Alexandre Soares dos Santos se referem ao mesmo utilizando vários títulos
que eu classificaria como muito pouco "responsáveis e construtivos", tais como:

"o homem"
"pobrezinho"
"Sr Santos"
"o idiota do Santos"
"senil"

Para ler o texto completo: http://pslumiar.blogs.sapo.pt/1366270.html

Palavrão do Dia #1 - Palimpsesto

Um palimpsesto é uma página manuscrita, pergaminho ou livro cujo conteúdo foi apagado (mediante lavagem ou raspagem) e escrito novamente.

É, meus amigos, é mesmo um palavrão! Ouvi esta palavra pela primeira vez há vários anos (já não me lembro onde, mas, cheira-me que deve ter sido proferida pelo nosso caro amigo José Hermano Saraiva) e ficou-me para sempre na memória, quão estranha era a sua fonética.

De vez em quando utilizo-a, provocando, geralmente, nos meus interlocutores, uma expressão de estranheza & espanto! Pelo menos em alguns, dos mais atentos e utilizadores regulares da massa encefálica, porque outros, adoptam uma expressão facial tão comum nos dias de hoje, muito semelhante às paredes graníticas das casas de Terras de Bouro, também elas perfeitamente inertes...

E pronto, como é que se pode introduzir uma palavra tão antiga como bizarra, num texto ou frase da nossa querida língua portuguesa de modo a que possamos reciclá-la?

Aceitam-se sugestões...

Para já, eu vou começar com:

"O José Sócrates e o seu governo estão a necessitar urgentemente de um Palimpsesto!"

" A Democracia e a Sociedade portuguesas estão a precisar, urgentemente, de um Palimpsesto sustentável!"

sexta-feira, 6 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

O Pai que viu morrer seus filhos...

A propósito da "morte" da Rollei, pus-me a pensar na fotografia analógica, digital, nos formatos, etc...

As cameras de grande formato surgiram em 1839, com o Daguerreotipo e o primeiro obturador mecanico surgiu em 1862. As cameras de grande formato na sua forma e modo de funcionamento mudaram muito pouco e talvez seja essa uma das razões para a sua longevidade. Quando a primeira Rolleiflex surgiu, já as GF tinham 90 anos de idade. Neste momento com 170 anos, o GF parece aguentar-se em forma e, dos representantes actuais da fotografia analógica é, sem dúvida alguma, o que está de melhor saúde.
Curiosamente, continua a ser o formato que melhor qualidade apresenta, depois de 170 anos de evolução. Conseguiu, também, adaptar-se aos tempos modernos, sendo o único sistema fotográfico analógico que pode receber uma plataforma digital sem alteração da sua configuração (basta colocar um back digital numa 4x5", em vez do tradicional chassis).
Ao longo dos anos, décadas e seculos que foram passando, foi construído em vários materiais, madeira, aluminio, magnesio, latão, aço, titânio, MDF, fibra de carbono e outros materiais compósitos, etc.
É também curioso constatar que algumas marcas recentemente aparecidas no mercado internacional optem pela construção em madeira e latão, tal como acontecia nos primeiros modelos de 1839. Embora alguns fabricantes utilizem o aluminio, aço ou titânio nas suas ferragens a madeira, um material nobre, continua a ser o preferido por muitos contrutores recentes, para a construção da base da camera, como é o caso da Ebony, Shen Hao, Chamonix, Canham e Tachihara, entre outros.
Penso que estamos, pois, perante um caso de enorme sucesso e que, provavelmente vai ser o unico sobrevivente da fotografia analógica, num futuro que se configura cada vez mais próximo!

Necrologia (Parte II)

Tive há alguns minutos conhecimento do falecimento deste senhor.

Fomos companheiros do quotidiano, mantendo uma relação de amor-ódio mais ou menos estável durante muitos anos...

Gostaria muito de não o substituir por um novo candidato mas, infelizmente, parece-me que não vai ser possível, não me consigo livrar destes rapazes...

Lembro-me muitas vezes de uma das frases mais estúpidas de sempre:

"Deixar de fumar? Nem pensar, é das coisas que sei fazer melhor!"

Não sei quem é a besta que reclama os direitos autorais desta enormidade mas, por vezes, dou comigo a pronunciá-la.

"O Português Suave Amarelo morreu!"

Que se lixe o Português Suave Amarelo...

Necrologia


Hoje é um dia triste...
Faleceu esta senhora aos 80 anos de idade...
Os seus admiradores, utilizadores, vendedores e compradores, desejam prestar a última homenagem, àquela que registou tantas imagens que fazem parte da História da Humanidade e que serviu de base à construção de carreiras de tantos fotógrafos ilustres, tendo até participado numa (pelo menos) canção de Tom Jobim, de seu nome "desafinado", "fotografei você na minha Rolleiflex, revelou-se a sua enorme ingratidão..."
Saiu a notícia da insolvencia da Rollei. O falecimento da maioria das máquinas SLR de 35mm foi gradual e silencioso, o que é normal pois as marcas começaram a lançar produtos SLR digitais e a barulheira que provocava cada lançamento destes novos modelos digitais, abafava o tímido som provocado pelo falecimento dos produtos analógicos, que foram desaparecendo dos escaparates de modo silencioso, restando neste momento a Leica, a Voigtlander e a Zeiss com alguns modelos rangefinder.
Já com o médio formato a coisa é um pouco diferente, pois algumas marcas fabricavam apenas modelos MF, tendo o seu desaparecimento provocado mais algum barulho.
Bronica, Contax, Rolleiflex, marcas que desapareceram, a Pentax parou a produção de máquinas analógicas, a Fuji, idem e, neste momento, restam apenas 2 modelos nos catálogos da Mamiya (7II e RZ67), um no catálogo da Voigtlander (Bessa III, um modelo que, curiosamente, foi lançado este ano) e um no catálogo da Hasselblad (a 503).
Parece, portanto que estamos a viver os últimos dias do médio formato analógico.
Os problemas começarão a surgir dentro de 10 anos, quando começarem a faltar peças de substituição para estas máquinas todas.
Será que, digamos, daqui a uns 20 anos os fotógrafos que têm maquinas de MF andarão a reciclar peças de várias cameras, tal como fazem os cubanos com os Buick, Dodge e Chevrolet dos anos 50?
A Rollei morreu...viva a Rollei!