sábado, 4 de abril de 2009

Os Malefícios da Água & os Benefícios do Vinho...


Desde pequeno que ouço dizer que a água é a Fonte da Vida. É um facto!
Mas, também é um facto que a água é, frequentemente, a Fonte da Morte!

Desde pequeno que ouço, também, dizer que o vinho mata…
No entanto, morre muito mais gente por causa da água do que por causa do vinho!
Senão, vejamos…

Inundações e cheias – Que se saiba, nunca morreu ninguém devido a uma inundação ou cheia provocada por vinho.

Afogamentos no mar – Também nunca ouvi falar de um mar de vinho. Muitos bêbados sonham com isso mas, ainda não aconteceu…

Afogamentos em piscinas – Embora também seja o sonho de muitos bêbados, ainda não houve notícias de alguém que tenha morrido afogado numa piscina de vinho.

Queimaduras de 1º, 2º e 3º grau – muitas queimaduras são provocadas pela água, ora, não é costume ferver o vinho, logo, este não constitui qualquer perigo relacionado com queimaduras. Os graus, associados ao vinho, são sempre benvindos, um bom tinto de 14º, “queima” muito bem…e se for mesmo bom nem sequer queima a garganta!

Naufrágios – Não há notícias de um barco que se tenha afundado em vinho.

Icebergs – Também não há notícias de algum barco que tenha chocado com um bloco de vinho congelado.

Avalanches – Também não há notícias de que alguém tenha morrido por ter sido soterrado por uma avalanche de neve Bordeaux, Rosé ou Beaujolais .

Quedas na banheira – Ninguém escorrega e cai na banheira ou no duche por causa do vinho.

Raios – Donde parte um raio? Duma nuvem! O que contém a nuvem? Não é vinho, concerteza!

Tromba de Água – Tromba de vinho, nunca ouvi falar! Já ouvi falar de “encher a cara” (emborrachar-se) mas isso não dá cabo das culturas e não mata pessoas e animais. Quando muito matará, a longo prazo, o “animal” que se encharca em vinho mas isso são danos mais ou menos controlados.

Furacões e Tempestades Tropicais – Sempre acompanhadas de chuva e mar revolto mas, nunca, de vinho.



Maremotos – Matam muita gente e animais. Nunca ouvi falar de Vinhomotos.

Degelo – Por vezes mata gente, quando o gelo derrete, obtêm-se torrentes catastróficas de água e não de vinho.

Geada – Também é água e dá cabo das culturas, o vinho nunca estragou cultura nenhuma.

Chuvas ácidas – Dão cabo das culturas, o vinho ácido, quando muito, pode provocar azia e, em último caso, transforma-se em vinagre, continuando a ser útil.


Experimente-se beber:

Água-forte, aguarrás, água estagnada, água podre, água-choca, água oxigenada, água sulfurosa, água salgada, etc
Não é saudável nem agradável.

É um facto que a água está mais associada à catástrofe do que, geralmente, pensamos.
Quando vimos a este mundo o primeiro episódio, aquele que anuncia a nossa chegada é precisamente uma pequena catástrofe que dá pelo nome popular de “Arrebentamento das Águas”!

Ora, qualquer rebentamento, tem uma conotação catastrófica e este não foge à regra, pois provoca, invariavelmente, o pânico tanto na parturiente como nas pessoas que assistem a tal evento.
Qualquer doença de que padeçamos, estará também associada à ingestão de água e não de vinho. Precisamos de tomar comprimidos – água; precisamos de tomar sais de frutos – água; precisamos levar um clister – água…
Problemas de rins – água; problemas de fígado – águas termais, etc

Já o vinho é usado para acompanhar uma bela refeição, para comemorar qualquer evento agradável, para brindar, etc.
O vinho pode ser um belo presente para alguém, porém, oferecer um estojo de madeira com 3 garrafas de água, pode até parecer ofensivo.
Brindar com água, por exemplo, dá azar.
Quando alguém faz burrada, diz-se que meteu água! É fatídico…

Por outro lado, quando alguém bebe vinho demais e começa a “confessar-se”, costuma dizer-se que, “In vino, veritas”, ou seja, o vinho tem propriedades que se assemelham às do soro da verdade, sendo por isso uma bebida honesta.
Recentemente, um avião nos USA, teve de fazer uma aterragem de emergência e o piloto decidiu pousar o avião no Rio Hudson. Não me lembro de ter havido uma tragédia destas, por exemplo, em Rio Tinto.
Actividades divertidas associadas com o vinho são várias, nomeadamente, a pisa da uva, levando por vezes a um estado ébrio que provoca muito riso, cantoria, etc.
Já as bolhas de água nos pés, não têm nada de divertido, antes pelo contrário.
Um joelho de água também provoca dores horrorosas, enquanto que um pouco de vinho a mais pode, eventualmente, tornar as “pernas fracas” o que, mesmo que não seja divertido para quem tenta ingloriamente caminhar a direito, é-o, sem dúvida, para quem observa a acção.

Como dizia alguém, “prefiro um bêbado conhecido a um alcoólico anónimo!”

À nossa!!!!

7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. evohé nana!
    mesmo que infelizmente ainda esteja longe o outono, chegam-me com o texto cheiros a mosto e prenúncios de alegrias vintages.
    deixo uma achega do Baudelaire:

    "Tu deitas-lhe a esperança, a juventude e a vida,
    — E o orgulho, tesouro da indigência,
    Que nos torna triunfantes e iguais aos Deuses!"

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  3. Tem mais!
    Na água, do mar, do lago, do rio, tudo quanto é bicho marinho faz o seu xixizito e o seu cócózito e a malta bebe ....

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  4. Olha, não sendo Baco, nem seu representante na Terra, obrigado. conseguiste desculpabilizar a minha assumida tendência alcoólica, não anómima.

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  5. NANA

    Só para deixar um abraço, por este texto .

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  6. Tem lógica, é sarcástico e irónico, está bem pensado e por acaso, até é verdade...
    E ainda por cima o vinho é a alegria de muito boa gente. Qundo eu era menina e moça tive um professor de português (até era optimo professor) cuja saudação quando entrava na aula era:
    "Ai vinho vinhinho,
    Ai vinho vinhão,
    Ai vinho alegria,
    Do meu coração!!"
    E a aula até era melhor, quando ele dizia isto aos soluços... porque seria?

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  7. Com um texto destes fica convidado a "beber um copo" do vinho que com este frio e a boa uva não ficou nada mal. É certo que já chego atrasado mas só agora encontrei e post de Junho.

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