Uma canseira, é o que é!!!!!
Noutro dia, entrou-me pela casa, um destes jovens que possuem para dar e vender, saúde e estamina...
Um daqueles caramelos que acompanham tudo o que dizem (mesmo que seja pouco) com gestos largos e rápidos, acompanhados pelo som do tecido a roçar em tecido, como já presenciámos nos filmes de karatekas, samurais e outros mais.
Tal como aprendi com o Cassius Clay, vulgo Mohamed Ali, observando ao longo de muitos anos os seus combates e interiorizando o seu lema, "voa como uma borboleta, pica como uma abelha", várias vezes tive de fazer um recuo estratégico apoiado no rápido movimento de pés, para não levar uma berlaitada do "man", no meio da desvairada coreografia que acompanhava as suas deambulações sobre o meu equipamento fotográfico.
O "man" estava fascinado com tudo o que via e rodava apenas a parte superior do corpo com uma velocidade e amplitude impressionantes, como um Louva-a-Deus, de braços enormes, constantemente a rodopiar...eu, esquivava-me conforme podia...
"- Eia, man, alta máquina, isto era do teu avô, man?"
Eu ia respondendo como podia, pois estava bastante constrangido e até um pouco prostrado...
"Não, pá, isso tem apenas 30 ou 40 anos e eu uso isso quase todos os dias, é uma Pentax 67, para muitos, ainda é uma máquina moderna..."
"Eia, man, altamente, com esta cena de madeira e tudo!!!!"
A "cena de madeira" é um punho e é feito de madeira envernizada, porque continua a ser um dos materiais mais confortáveis para este tipo de coisas como é sabido, há muitos e muitos anos...enfim...
Depois do man ver algumas das máquinas realmente antigas que eu tenho, nomeadamente, uma de 1920 que ainda uso e dá cartas a qualquer digital por muitos megapixeis que tenha e depois do man rodopiar várias vezes sobre si próprio, abrir as "asas", obrigando-me a recuos estratégicos constantes e de executar outras coreografias dignas do mais apurado e refinado ambiente hip-hop, lá se foi embora, com o personagem que o trouxe a minha casa, penso eu que apenas com o intuito de ele ter a raríssima oportunidade de ver um Tiranosaurus Rex (eu) ao vivo!
O mais estranho (digo eu) foi o facto do "man" ter passado pelas minhas fotografias, (em papel de fibra, emolduradas como deve ser, com passe-partout acid-free, como manda a lei!) sem ligar a mínima pêva!!!!
Esta rapaziada, pelos vistos, já não sabe como se deve comportar em frente a uma fotografia em papel, pois a coisa está "demodé" e eles só sabem ver se a fotografia é ou não boa, quando a vêem no monitor!!!!
Bom, como alguém dizia um dia, "Não há mal que sempre dure e não há bem que não se acabe!"
Lá se foram embora...
Porém, não deixei de ficar a pensar com os meus botões que estou MESMO a ficar velho...o pior é que a coisa é irreversível!
...porém, isto de estar a ficar velho tem muitas vantagens e, neste caso da fotografia, eu acho que é uma enorme mais valia, pois fotografo em analógico e também em digital e é melhor conhecer 2 mundos do que apenas 1!
Quanto ao resto, enfim, também no meu tempo vesti muitas calças boca-de-sino da Delfieu, pull-overs curtíssimos e justíssimos e sapatos com solas de 5cm de espessura, isto, para não falar de outras coisas ainda mais parvas...
isto, com o tempo, vai ao sítio...não sei, digo eu...
segunda-feira, 29 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
SCANNERS PARA PELICULA, O FIM ANUNCIADO?
Constatei que há muito tempo que não aparecem novidades no mercado, no domínio dos scanners dedicados a transparências, bem como híbridos (Opacos/transparencias).
Não estou a gostar nada disto, a Epson mantinha a tradição de lançar modelos novos mais ou de 2 em 2 anos. A verdade é que, desde o lançamento dos V-700 e V-750, népia!
Será que os rapazes chegaram à conclusão de que a malta já digitalizou todos os slides e negativos antigos e os que continuam a fotografar com analógico não chegam para justificar a continuidade de desenvolvimento e produção das máquinas?
Se assim for, estamos tramados...o cerco aperta cada vez mais...
Não estou a gostar nada disto, a Epson mantinha a tradição de lançar modelos novos mais ou de 2 em 2 anos. A verdade é que, desde o lançamento dos V-700 e V-750, népia!
Será que os rapazes chegaram à conclusão de que a malta já digitalizou todos os slides e negativos antigos e os que continuam a fotografar com analógico não chegam para justificar a continuidade de desenvolvimento e produção das máquinas?
Se assim for, estamos tramados...o cerco aperta cada vez mais...
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